Elvira Fortunato nomeada Ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior

 

Foi com imenso orgulho e honra que vemos assim nomeada para Ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, vice-Reitora da NOVA, Directora do CENIMAT|i3N docente e investigadora do DCM e CEMOP. Foi pioneira na investigação europeia sobre eletrónica transparente tendo participado em várias iniciativas do PS, como o Fórum Nacional, onde pediu mais uma "política de mais confiança" nos investimentos em Ciência.
 
O terceiro Governo PS de António Costa promete ser “mais curto e mais enxuto”, depois de o segundo Executivo ter sido o maior de sempre. Após um longo e forçado período de reflexão, devido à repetição das eleições no círculo da Europa, o atual e futuro primeiro-ministro entrega esta quarta-feira à noite (23/03/2022) a composição do novo Governo ao Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa deverá dar posse a 30 de março.
 
(EXPRESSO)--------------
"Nove mulheres para oito homens. O primeiro Governo mais do que paritário da democracia tem oito estreias, com muitas promessas socialistas. 
 
 
(Foto:Tiago Miranda)
 
 
ELVIRA FORTUNATO, MINISTRA DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR
 
A ministra cientista 
 
Elvira Fortunato, 57 anos, investigadora, professora catedrática e, desde 2017, vice-reitora da Universidade Nova de Lisboa, foi o nome escolhido por António Costa para assegurar a pasta da Tecnologia, Ciência e Ensino Superior, sucedendo no cargo a Manuel Heitor.
 
A cientista tem-se destacado na área da eletrónica em papel e transparente, liderando dois centros de investigação que têm desenvolvido projetos pioneiros: o Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) e o Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (i3N). Elvira Fortunato desenvolveu o primeiro transístor de papel e o primeiro ecrã totalmente transparente. A sua investigação tem recebido importantes bolsas e prémios internacionais. Em 2018 ganhou uma bolsa de 3,5 milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação, a maior de sempre até aí atribuída a cientistas portugueses. Em 2020 foi distinguida em Portugal com o Prémio Pessoa. E, no mesmo ano, o seu nome chegou a constar da short list para o Prémio Nobel da Física.
 
Na academia, tem criticado o excesso de burocracias que as universidades têm de cumprir no dia-a-dia e assumido como bandeira uma maior igualdade de género na progressão nas carreiras. Já este mês, foi escolhida pela Presidência da União Europeia para integrar o grupo de 27 mulheres inspiradoras da Europa.
 
Em fevereiro, num depoimento enviado ao Expresso a propósito da iniciativa “100 mulheres, 100 ideias” defendeu que o ensino superior deve ser uma “mola motora de todas as transformações necessárias” no país. No mesmo texto escreveu: “São necessários pactos que sustentem compromissos de caráter plurianual, nomeadamente os financeiros, cuja execução não se circunscreve aos ciclos políticos e, portanto, não dependa da aprovação do Orçamento do Estado todos os anos. A ciência é como nós, respira todos os dias, não a podemos sufocar com burocracias”.
 
À frente da pasta da Ciência e Ensino Superior, tem a oportunidade para concretizar este desígnio. Na última legislatura participou em várias iniciativas do PS, mas sempre salientando que o seu envolvimento na vida política era “pontual” e apenas na condição de “independente”. “O meu partido é a ciência”, respondeu ao Expresso no final do ano passado. Mas Elvira Fortunato acabou por dizer sim ao convite de António Costa.
 
Adepta do Sporting, costuma ser presença assídua no estádio. Ao site “Mais Futebol” contou que no tempo do liceu chegou a ir com umas amigas a Alvalade tentar fazer um treino. Mas na altura, equipas de futebol feminino era algo que não existia. (Isabel Leiria e Joana Pereira Bastos)
 
 
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